(para o espantalho)
Uma menina pula corda sob o aguaceiro, um menino brinca com soldadinhos de chumbo. Almas laceradas, juntos sangram delícias na pulsão de desafiar a morte, enroscam-se na dor que deles escorre e encharca a cama. Deuses, indivisíveis, etéreos, insones e insanos, desvendam o mistério que faz o sussurro da alma germinar delírios, deslizam seus escombros por paisagens comuns de melancolia e abandono.
Na madrugada, na imaginação, por pura prestidigitação, compartilham segredos, inventam o impossível.
Depois se afastam. Buscam outro corpo, outro olhar, outra despedida. Nada deixam. Nada levam. Aprendem a caminhar na solidão.
Uma menina pula corda sob o aguaceiro, um menino brinca com soldadinhos de chumbo. Almas laceradas, juntos sangram delícias na pulsão de desafiar a morte, enroscam-se na dor que deles escorre e encharca a cama. Deuses, indivisíveis, etéreos, insones e insanos, desvendam o mistério que faz o sussurro da alma germinar delírios, deslizam seus escombros por paisagens comuns de melancolia e abandono.
Na madrugada, na imaginação, por pura prestidigitação, compartilham segredos, inventam o impossível.
Depois se afastam. Buscam outro corpo, outro olhar, outra despedida. Nada deixam. Nada levam. Aprendem a caminhar na solidão.