sexta-feira, março 11, 2005

Estranho senso de humor tem o destino. Embaralha semelhantes no que os diferencia: um deus fica visível aos olhos de uma louca que ninguém percebe que existe. No lusco-fusco os disfarça, embriaga-os de palavras e os faz dançar seus silêncios. Num piscar de olhos, claro e escuro, espelho e reflexo, teto e chão, recolhe lembranças corroídas e, em alucinações, junta-os em pedaços de vida, montagem de filmes em desconstrução. Quando se cansa, rabisca figuras, reconstrói diálogos, inventa cenas e com qualquer par de olhos, ilude-os com faíscas de estrelas que abrem portas para Lugar Nenhum.
Será isso um fim ou um reinício?