quinta-feira, junho 28, 2007

Perambulo na noite dos deuses ausentes, olhos injetados de turbilhões. Às avessas, tropeço em exus tardios, anjos cabisbaixos cativos na realidade cruel. Ecos de fantasmas embrutecidos pelo descaso, nos corpos opacos de fome regurgitam vida e desvario.

Vagueio na madrugada dos deuses bufos. A cada reverso, um flutuante reflexo numa vitrine luxuosa grita o que sou: mancha parda indelével e perplexa, paralelepípedo disforme e não lapidado. Inútil tecedura de alma que não cicatriza.