domingo, junho 24, 2007

Vôo solo.
Aprendi o que é ser um rio, um fino veio a escorrer desesperadamente sem saber se um dia vai encontrar o mar. Esbofeteada pelo vento da solidão, em águas profundas e lamacentas, acostumei-me a sangrar vida à espera de nada, mergulhada nos sentidos até a exaustão. Entre mudas despedidas, voltas desesperançadas e inúmeros momentos delicados e dissimulados, desatinada e à deriva, filtro memórias que me assombram, aguardo o que não pode ser dado, o que nunca virá.