segunda-feira, julho 30, 2007

Porto Alegre, 4º C.
O amargo do cabernet adocicado pelas salivas misturadas de chocolate e tabaco. As línguas tesas engalfinhadas. Os corpos nus inclinados na dança que na memória persiste: fetiche que vicia.
A natureza se revela: tempestades de angústia, ventos de prazer, redemoinhos de demônios invisíveis. Das gavetas das sensações secretas, ondas de masturbações e vagas de sexo liberto espalham-se num oceano de palmadas sorrateiras e sutis. Rompe-se o dique das emoções. Sucumbimos.
Porto Alegre, 4 horas da manhã.
A geada se espalha na madrugada preenchida com arremedos de felicidade.

1 Comments:

Blogger douglas D. said...

belém, 32°C.
estaria bêbado não fosse a razão - uma voz impiedosa repetindo meu nome. meu nome. meu nome...
a porta do quarto está aberta, mas ninguém entra ou sai. nem sombras. nem gestos. nem deus.tranqüilizo-me ao perceber que logo mais outro sol aparecerá e, desta vez, certamente lembrará de mim. é que há muito tempo vivo nesta espera invertida, espichando a demora pra você chegar(você não chega, não.)separo as sílabas. ligo orações. alcanço apenas aquilo que receio. os mesmos fatos. outros meios.
belém, 4 horas da madrugada. calor, sempre calor.

4:24 AM  

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