quarta-feira, novembro 02, 2005

Duas horas da manhã. Emudeço.
Longe do encontro com teu corpo, fogo-fátuo que doa cor à minha solidão, busco redenção e me envolvo em carências, grito por um toque e colam as mãos em mim.
Duas horas da manhã. Estremeço.
O brilho da indiferença tatua em minha pele teu cheiro e a estupidez da minha saudade.
Duas horas da manhã. Enlouqueço.
Febril antífona, inefável relâmpago de memória. O bater de asas do anjo que agora me devora o sexo desaba tempestades dentro de mim.