segunda-feira, setembro 25, 2006

De repente, o espanto.
Nada havia do cafajeste que se insinuou, não consegui ser a vagabunda que me gabava de ser. Teus olhos brilhantes, profundos, querendo respostas. E eu sem palavras em meu círculo vicioso de destruição.
Simples foi me despir e me deixar amar. Difícil foi observar tua face confiante que junto com a cidade adormeceu. Insuportável foi a sensação de querer ficar, quebrar promessas, acreditar de novo, sonhar.
Fugi como uma ladra, serpente rastejante, batendo os guizos na retirada. Demolida. Precisando da distância para te olhar com a razão.

Algum tempo ainda passará antes que percebas o que sou: galho seco, folha amarelecida caída no chão, outonal.