terça-feira, agosto 14, 2007

Na noite cega, a alma em farrapos expõe retalhos entrelaçados de fumaça ardida e veneno no sangue. Mescla fragilidade, lucidez e loucura. No desassossego em tons de vermelho, empalidece a onça domesticada feita de lama e sopro. Incolor. Sustenta a vertigem indo e vindo atônita sobre as ondas em moto-perpétuo. Vasta e infinita epilepsia emerge dos medos dissolvidos em álcool. Onde o perigo flutua, goteja a dor maior, reverbera fragmentos de mentiras e trapaças. “Solamente una vez Y nada mas” é o mote na madrugada. Extremos se tocam nos limites das fronteiras circulares. Esfaimado até os ossos, o quebra-cabeça desfeito vaza cacos de ternura e carinho dentro do grotesco vazio.

1 Comments:

Blogger anjobaldio said...

Valeu Helena, obrigado pelas visitas lá no anjo baldio. Gosto de teus textos insanos. Um forte abraço.

12:13 PM  

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